sexta-feira, outubro 24, 2008

Colin F. Camerer"When Does "Economic Man" Dominate Social Behavior?"
Colin F. Camerer e Ernst Fehr
«O modelo canónico da Economia considera que as pessoas agem de modo racional e em busca da satisfação pessoal. Existe, contudo, muita evidência que contraria esta visão, colocando a questão de saber quando é que o "Homem Económico" domina o resultado das interacções sociais, e quando é que dominam a racionalidade limitada ou outras preferências. Neste artigo mostramos que os incentivos estratégicos constituem a chave para a resposta a esta questão. Uma minoria de indivíduos "egoistas" [self-regarding] pode gerar um comportamento agregado "não-cooperativo" se o seu comportamento gerar incentivos para que a maioria dos outros indivíduos "altruistas" [other-regarding] imite o comportamento da minoria. Do mesmo modo, uma minoria de indivíduos "altruistas" pode gerar um resultado "cooperativo" se o seu comportamento gerar incentivos para que a maioria de indivíduos "egoístas" aja cooperativamente. Também em jogos estratégicos, o comportamento agregado pode situar-se mais afastado ou mais próximo de um "equilíbrio de Nash", conforme os jogadores com elevado grau de pensamento estratégico imitem ou apaguem os efeitos de outros que tenham muito pouco pensamento estratégico. Teorias recentemente desenvolvidas sobre comportamentos altruístas e racionalidade limitada permitem explicar estas descobertas e proporcionam melhores previsões do comportamento agregado do que as que são obtidas pela teoria económica tradicional.»

Nova Fronteira

"A Nova Fronteira da Neuroeconomia", artigo de Mauro Maldonato, publicado na revista Scientific American Brasil:
«O estudo sistemático dos fundamentos biológicos dos comportamentos e dos processos ativados nas escolhas econômicas já definiu um novo âmbito de pesquisa transdisciplinar – a neuroeconomia – que se tornou ponto de confluência de estudos de neurociências, economia e psicologia e se candidata como alternativa à visão neoclássica da economia, segundo a qual o Homo oeconomicus age dentro dos vínculos de uma racionalidade perfeita, que pode ser formalizada e tende à maximização da utilidade esperada.»